Nesta monarquia, como em todas as monarquias compostas, a lealdade dinástica era essencial, em razão de não existia “outro nexo político comum entre as diferentes províncias”. Assim, “a fidelidade a um rei (e, com frequência, a uma mesma religião, que, geralmente, incorporava bem como o monarca) era, em efeito, o único laço susceptível de preservar unidas as diferentes partes do todo”. Na Monarquia Hispânica, como em outras monarquias européias dos séculos XVI e XVII, “não havia consciência de unidade nacional, e menos de unidade política, assim como hoje o entendemos”. Nela não existia uma natureza espanhola nem sequer uma única nação bacana espanhola, contudo que a natureza de cada súdito do rei era a do reino ao qual pertencia.
“Um rei, uma fé, e diversas nações”, assim define Xavier Gil Pujol a Monarquia espanhola dos séculos XVI e XVII. Assim, o termo “Portugal” não tinha um sentido político, porém que era usado com um significado geográfico equivalente ao conjunto da península ibérica.
Era utilizado de forma especial pelos estrangeiros, especialmente por aqueles que lançaram sobre os seus habitantes, os “espanhóis”, uma série de estereótipos a respeito tudo negativos, como aconteceu com a “Lenda Negra”. Não obstante, desconhece-se qual seria o alcance social e territorial desta identidade prenacional espanhola. Ainda perante a Monarquia dos Habsburgos ocorreu um processo de “castelhanização” que afetou principlamente as elites do resto dos reinos peninsulares que adotaram o espanhol, em Barcelona para Lisboa, como a língua culta e literária comum.
Assim, por exemplo, em finais do século XVI a comunidade “espanhola” assentada em Roma, que até dessa maneira havia se diferenciado entre a nação “castellana”, “aragonesa” e “portuguesa”, passou a chamar-se “o país espanhola”. A autonomia de Portugal na Monarquia Hispânica em 1688 circunscribió a ideia de “Brasil” e “português” ao conjunto das coroas de Castela e de Aragão.
Mas as ambiguidades subsistiam. No caso do Principado de Catalunha, a título de exemplo, “ser ou devir catalão significava, antes de tudo, viver perante a jurisdição de uma legislação de âmbito catalão, do mesmo jeito que apreciar as mesmas, é claro. A identidade catalã da data moderna tinha a tua fixação mais firme no correto vigente no Principado ―as leis ou constitucions― antes que as peculiaridades étnicas da nação”.
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Assim, o fundado “patriota” catalão (bem que o termo mais usado no decorrer da revolta de 1640 foi o de “patrício”) era o que estava disposto a morrer em defesa das leis ou constitucions catalãs. Estas identidades prenacionales subestatales estiveram presentes assim como pela Guerra de Sucessão Espanhola . Assim, ante a Monarquia Bourbônica acentuou-se a identidade prenacional ao ter-se atingido um grande grau de homogeneidade institucional superior, como por exemplo, a da França prerrevolucionaria”.
Se passou de “um rei, uma fé, e muitas nações”, da monarquia dos Habsburgos, a “um rei, uma fé e uma lei, e uma única nação bacana”. No decorrer do século XVIII, como consequência da difusão do Iluminismo, vai definindo a “nação” e “pátria” de uma forma racionalista e contractualista, ainda que sem que desapareçam os significados anteriores. Em 1780, o ilustrado Pedro Rodriguez Campomanes, escreveu: “A política considera o homem na qualidade de cidadão unido em sociedade, com todos aqueles que compõem o próprio estado, pátria ou nação”. Por tua parte, João Paulo Forner incide ainda mais no significado político ― o ― de “nação”, no momento em que a define como “uma população civil independente de império ou dominação estrangeira”.