Mulheres Frente Aos Espelhos Da Maternidade 1

Mulheres Frente Aos Espelhos Da Maternidade

Doctorante em antropologia social na Escola Nacional de Antropologia e História. Palavras-chave: Maternidade, seleção, direitos sexuais, direitos reprodutivos, pressões sociais. The purpose of this article is to rethink the woman-mother binomial from a non-naturalized analytical viewpoint. Keywords: Maternity, election, sexual rights, reproductive rights, social pressure. São, de certa forma, mulheres pioneiras que, na primeira vez pela história, estão dizendo abertamente sobre a sua seleção de permanecer sem filhos, com seus familiares, amigos e casais, homens ou mulheres, no caso de manter relações lésbicas.

Mas também o discutem e colocam em fóruns internacionais e nacionais, como divisão dos direitos das mulheres à autodeterminação de seus corpos e a autonomia de escolher se reproduzir ou não fazê-lo.2 Quem são estas mulheres que não cumpram com as “funções atribuídas aos seus corpos e suas vidas, que separam, de facto, a sexualidade da reprodução e decidem um projeto de vida sem filhos? Por outro lado, é de 5 (Castellanos, 1971; Poniatowska, 1980;Lamas, 1995). Segundo o pesquisador Carlos Welti,6 por volta de 8% das mulheres mexicanas não tem filhos em toda a tua vida.

isto É, que em 92% das mexicanas são ou foram mães. Concretamente, em média, nove de cada 10 mexicanas escolhem pela geração. QUEM SÃO OS “SEM FILHOS”, OU COMO DIZEM OS ESPANHÓIS:”FILHAS SEM FILHAS”? Dito de forma geral, as mulheres que compõem o corpus, ou a amostra desta investigación8 pertencem a uma elite da população de classe média ilustrada e profissional que reside pela cidade do México. Algumas não tiveram filhos, pura e simplesmente em razão de não quiseram: era o seu vontade de não ser mães.

Para uma população baseada nos “valores da família”, esta alteração para um universo centrado em adultos é histórico. A urgência das pessoas sem filhos significa que as mulheres estão em busca de oportunidades, pra se sentir inteiramente realizadas e auto-acordadas, sem prestar atenção ao que a sociedade pensa a respeito elas.

Estas mulheres estão cumprindo a probabilidade do movimento de mulheres, apesar de o movimento feminista não os reconheça ou os apoie em sua circunstância (Cain, 2001: XI, tradução minha). 1960 e durante a de 1980, quando exigiam a libertação dos métodos contraceptivos e a descriminalização do aborto. O conceito de seleção não é muita sorte, por causa de tem a desvantagem de ser problemático, em tanto que nos remete à idéia do sujeito cartesiano, a idéia do agente intelectual, livre e focado. É um conceito que não apresenta conta da ambiguidade, do irracional, o instável e o processual, que é em si mesmo o sujeito.

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assim como Não oferece conta das relações de poder que coaccionan e limitam o campo de “eleições” possíveis; e, inclusive, é um conceito que não se identificou explicitamente novas mulheres que entrevistei no meu serviço de campo. No entanto, decidi usá-lo em razão de fornece conta da liberdade e autodeterminação que realizam os sujeitos sobre o assunto tuas vidas e o ambiente social que os envolve. Ademais, em razão de o conceito de “escolha” é uma idéia muito arraigada no ethos liberal e pela agenda democrática dos direitos humanos das sociedades atuais, em que se inscrevem os direitos sexuais e reprodutivos.

Eu não imagino muito bem o que me condicionou a antimaternidad. Não há dúvida que eu desde guria eu senti que isto não era pra mim: durante o tempo que minhas primas brincavam à mãe, eu jogava a ser doutora. Para mim, a decisão de não ser mãe foi muito visceral, como todas as minhas decisões, é pelo cheiro.

Era que eu não sentia desejo de ser mãe, simplesmente nunca senti desejo de ser mãe. Não tenho estruturada esta ocorrência, pra mim, se deu de maneira fluida e natural. Eu gosto meninas, mas a maternidade não vem sendo algo significativo na minha existência pra ser eu. Nem foram razões ideológicas, como essa de de que o universo hétero ou o mundo está vindo para pequeno.

Foi uma questão que me nasceu. Essa foi a minha conexão com a maternidade. Quando vivia com Santiago chegou um momento em que eu queria ter um filho e ele se opôs terminantemente. Começamos a viver juntos aos 21 anos, um tanto antes de eu completar 30 anos eu comecei a pensar com garotos, comecei a perceber uma inevitabilidade muito violenta de engravidar, de ter um filho. Eu rogava-lhe, eu te juro, eu quase hincaba.

Eu queria ser mãe naquele momento, era como uma obsessão da minha existência, e algo que nunca voltei a constatar. Foi uma vontade fantástico, uma vez que me gerou muito desgosto, não entendia por que não tínhamos um filho como todos os outros casais, para que nós tínhamos que ser tão diferentes.