O QUE É O CARLISMO? 1

O QUE É O CARLISMO?

O carlismo é um movimento político de feitio tradicionalista e regular derivado do absolutismo espanhol que surgiu durante a primeira metade do século XIX em oposição ao liberalismo, o parlamentarismo e o secularismo. Pretende-se o estabelecimento de um ramo alternativa da dinastia dos Bourbons ao trono espanhol, e o chamado reinado social de Jesus cristo.

Em suas origens propugnava a volta ao Antigo Regime e, logo após desenvolveria uma doutrina política inspirada pela tradição espanhola e da Cristandade medieval. No decorrer de sua história, a organização política do estado vem sendo conhecido como Partido Carlista, Comunhão Católico-Monárquica, Jogo Jaimista, Comunhão Legítimo ou Comunhão Tradicionalista, entre outros nomes.

na luta contra o liberalismo, fez a bandeira da defesa da religião católica, Portugal e a monarquia convencional resumida no lema “Deus, Pátria, Rei”, com a adição tardia de “Foros”. Após o Decreto de Unificação de 1937, foi de forma oficial integrado no partido único, Falange Espanhola Tradicionalista e as REIVINDICAÇÕES, entretanto os carlistas continuaram atuando na semi-clandestinidade, sendo considerados, por vezes, uma das “famílias” do franquismo.

1970 e o fracasso eleitoral nas primeiras eleições democráticas pela Transição, acreditaram que o estado entrasse em decadência. A fragmentação do carlismo foi sobretudo importante a maneira em ligação às novas idéias do raciocínio católico surgidas depois do Concílio Vaticano II, especialmente após a declaração conciliar Dignitatis humanae em benefício da autonomia religiosa.

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Objetivamente considerado, o Estado aparece como um movimento político. Os carlistas formavam a ala tradicional da sociedade espanhola da época, abrangendo os designados “apostólicos” ou tradicionalistas e, acima de tudo, a reação antiliberal. A disputa entre os partidários de Isabel II, filha de Fernando VII, e o infante d. Carlos Maria Isidro, irmão do rei, foi de fato uma luta entre duas concepções políticas e sociais.

Assim, a Espanha se viu renovada, no terreno político, religioso e social muito profundamente. Assim é formado o ideário carlista: legitimidade dinástica, unidade católica, monarquia federativa e missionária —nas frases de Francisco Elías de Tejada—, com direitos forais das regiões.

o Seu lema era “Deus, Pátria, Rei”. De acordo com Eduardo Ferrer, ainda que o carlismo nasceu em 1833 pra proteger o absolutismo, posteriormente se desligou do mesmo e montou uma política de defesa da tradição medieval influenciada pelo raciocínio de Jaime Balmes.

No que concerne à representação em Cortes, o carlismo pedia uma representação corporativa, não individualista como a do regime parlamentar. As Cortes usuais precisam ser a representação de classes, as guildas e organizações, com mandato imperativo. Os carlistas defendiam a expansão do princípio foral a Espanha e a subordinação do poder político à autoridade da Igreja em ligação a religião e a moral.

Juan Vázquez de Mella, apelidado de “o Verbo da Tradição”, chegaria a ser a princípios do século XX, o ideólogo por excelência do carlismo. Sua obra ficou refletida em seus discursos, pronunciados em geral, nas Cortes, e em seus artigos publicados no Correio Português e em outros jornais usuais. Outros autores carlistas designados da Restauração foram Luís Maria de Llauder, Leandro Ferreiro, Benigno Bolaños, Miguel Fernández Penaflor, Manuel Polo e Peyrolón e Henrique Gil Robles, entre diversos outros.

Terceira Guerra Carlista, quando o pretendente Carlos VII proclamou que restauraba os foros de Catalunha, Valência e Aragón. A chegada dos bourbons e a vitória de Felipe V, havia sido a supressão dos proveitos da coroa de Aragão, apesar de residirem os bascos e navarros. O sistema autónoma basco-navarra concedia certos proveitos. No âmbito econômico, tais como, as alfândegas interiores permitiam a livre importação de produtos, e, no político, o passe autónoma conseguia ou negava a validade das disposições reais, limitando a autoridade do rei. Depois da Primeira Guerra Carlista, o governo liberal não suprimiu os foros das Vascongadas e da Navarra, porque a convenção de Vergara obrigava o estado liberal a respeitá-los a todo o momento que não estiverem em combate com a nova ordem constitucional.